«
Meditação
A meditação regular é útil para reduzir a tensão e aliviar muitas doenças com ela relacionadas. Comece por se sentar numa posição confortável de costas direitas e olhos fechados. Escolha uma palavra que para si não tenha significado emocional e repita-a silenciosamente para si mesmo. Evite que a imaginação ande a vaguear, concentrando-se na respiração.»
da colecção 101 Sugestões: "Vida Saudável", citacao gentilmente cedida por
batukada.
Dearest Batu, batukina, bijou, fã de banoffee (blaaargh!), mas ainda assim uma jóia de menina (minina), estive a meditar sobre palavras isentas de emocao. E olhe,
minina , e’ dificil encontra’-las, e’ sim, senhora! Nao ‘es so’ tu que ‘es uma emocionada. Sou uma sentimentalona, parecendo que nao. Basta-me comecar a usar e a pensar numa palavra que, outrora, nao me provocaria o mais leve arquear de sobrancelha, para que, ao fim de algum tempo, se torne num
fetiche emotivo. Mas olha, para hoje, encontrei estes vocabulos, dispostos categoricamente (por categorias), por este
post abaixo. Pode a menina usar as que mais lhe aprouverem (
spelling?) nos seus exercicios de respiracao. Ora ca vao (respira…1….respira…2….respira…3):
Quase todos os
estrangeirismos que possuem equivalentes em Portugues provocam-me emoção, p.e.,
bijou,
bordeaux,
bouquet,
chauffage,
chauffer,
flirt,
habitué,
ménage (limpeza; artigo para o lar), peluche,
verve, escroque,
lobby,
hors-d’oeuvre,
intermezzo, cicerone, gôndola. No entanto, ha’ certos estrangeirismos que nao me alteram o batimento cardiaco:
estrangeirismos de origem africana -
azagaia,
mandinga,
cacimba;
estrangeirismos de origem asiatica:
nababo,
sagu,
laca.
Arcaísmos:
gamanho (janota),
hu (onde),
sages (prudente, sabio).
Substantivos colectivos: cabido (conj. de cónegos), cáfila (conj. de camelos), farândola (conj. de vadios), grosa (12 duzias), jolda (sicários, malvados).
Nomes gentílicos ou pátrios (de nacionaliade e naturalidade): laurbanense (de Lorvão; o proprio Lorvão nao me desperta nenhuma emoção), calipolense (de Vila Viçosa).
Vocabulario geografico geral: Lorvão (
again..), Tonga, Nukualofa (capital de Tonga), Togo, Lomé (capital de Togo), Vanuatu, Quiribati, Bairiki (capital de Quiribati)
Elementos quimicos: disprósio (Dy), escândio (Sc), háfnio (Hf), unnil-hexium (Une), unniloctium (Uno).
Desportos e vocabulario desportivo:
badminton,
cricket (críquete),
baseball (basebol),
dévissé (usado na halterofilia), placagem (râguebi), talonagem (râguebi),
vorlage (esqui).
Vegetais: couve-flor ( a nao ser que seja gratinada com pedacinhos de fiambre, receita da vovó)
Vocabulario anatomico: clavícula, calcâneo, epidídimo (apesar de ser uma estrutura interna do aparelho reprodutor masculino), rótula.
Areas cientificas: arqueobotânica (enfado nao e’ emocao, pois nao?), taxonomia (nao, isto provoca-me eczemas!), cladística (tem dias, tem dias…)
Objectos piquenos: mola, rosca, parafuso, mas prego e’ que nao! (Sabem a quanto e’ que me ficaram 5 preguinhos para botar uns posters na parede, sabem? Nao vos digo, e tambem nao vos conto!).
Objectos grandes: guindaste, andaime, canalizacao.
Figuras de estilo: anáfora (quando num texto existe a repeticao de uma ideia, de forma sistematica); antonomásia (substituicao de um nome proprio por um epiteto ou por uma qualidade que o torne unico e inconfundivel); anacoluto (alteracao da construcao sintactica no meio de um enunciado), assíndeto (em grego significa “sem conjuncoes”), zeugma (quando um verbo ou um adjectivo se ligam de uma forma inesperada e incoerenrente com a totalidade da frase). O problema e’ que ha dias em que preciso destas figuras de estilo e utilizo-as de forma emotiva. Nos outros (dias), nao sinto o mais pequeno palpitar de coracao quando as ouço.
Em tempos, diria que as
conjuncoes e locucoes coordenativas nao me provocariam emocao alguma: e, nem, nao so…mas tambem, nao so’…como tambem; ou, ora…ora…; quer…quer; seja…seja; portanto, por conseguinte, por consequencia, logo, por isso; mas, porem, todavia, contudo, no entanto. Mas lembram-me agora a C+S dos *******, onde eu passava os recreios a jogar ao elastico e a saltar ‘a corda com as minhas colegas. Saltitando alegremente e numa so’ voz, repetiamos este poderoso mantra, ou oracao de terço (
enemnaosomastambemnaosocomotambemmasporemtodaviacontudonoentantoportantoporconseguinteporconsequencialogoporisso…..), antes dos testes de Portugues:
- Rita, perdeste! Ficas agora tu a segurar no elastico. Isso que disseste nao e’ uma conjuncao coordenativa!
- Mas e’ uma conjuncao subordinativa…eu..eu…eu pensava que era para dizer todas as conjuncoes e locucoes…
- Marrona! Isso nao sai no teste!
Ainda hoje nao sei as conjuncoes e locucoes subordinativas…Ai, ai, que nostalgia! Uma sentimental, e’ o que e’!
P.S.1 á â é ê ã í ç ó - fiz alguns
copy/pastes destas letras acentuadas para este
post
P.S.2 Ainda nao e' hoje que falo do osso peniano dos mamiferos carnivoros.